As dores nas articulações, nomeadas pelos especialistas de artralgia, podem ser um grande incômodo e significar limitações na rotina de muitas pessoas, principalmente para a população idosa.
O que você já deixou de fazer por conta de “dores nas juntas”? Não conseguiu levantar do sofá? Sentiu muita dor ao caminhar e realizar atividades comuns do cotidiano?
Entenda, com a ajuda da Learne Saúde, o que são as dores articulares, seus sinais mais comuns e saiba como ficar atento aos sinais de alerta do seu corpo.
A organização norte-americana United States Bone and Joint Initiative evidenciou que as dores articulares estão entre as dores crônicas mais comuns na população adulta e idosa.
Entre as mais investigadas, estão as relacionadas às articulações do joelho e da coluna vertebral.
Segundo o estudo sobre as doenças musculo-esqueléticas nos Estados Unidos, ao se questionar a população adulta sobre dores nas articulações, cerca de 30% relata a presença de dor no joelho.
Além disso, a porcentagem aumenta para 60% a 85% entre os que acusam a presença de dores nas costas.
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Mas, afinal, qual a importância da saúde das articulações?
As articulações são responsáveis pelos movimentos do corpo, desde atividades simples do dia-a-dia como se sentar, abaixar e levantar, até as mais complexas, como caminhar, correr, escrever e trabalhar.
Quando saudáveis, portanto, as articulações garantem a funcionalidade normal do corpo e a autonomia necessária para realizarmos nossas tarefas diárias.
No entanto, quando nossas articulações começam a apresentar debilidades, como as dores nas costas e no joelho, realizar os compromissos do cotidiano torna-se cada vez mais difícil.
Levando em conta esses aspectos, a United States Bone and Joint Initiative classificou as limitações causadas pela dor articular como a segunda maior causa de incapacidade física e a quarta de maior impacto na saúde da população mundial.
Segundo as projeções estatísticas das Nações Unidas no Brasil, a população mundial de idosos deve alcançar 2 bilhões de indivíduos até 2050.
Nesse sentido, como há altas taxas de incidência entre os idosos, estima-se para os próximos anos um aumento do número de pessoas acometidas pela dor articular crônica no mundo.
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Como reconhecer os sinais de alerta?
A World Health Organization Regional Committee for Europe, em sua 66ª reunião, realizada em 2016 na cidade de Copenhagen, na Dinamarca, destacou que as dores no sistema muscolo-esquelético estão associadas, além de outros fatores, aos hábitos de vida.
Assim, para ajudar a manter o corpo protegido é importante levar um estilo de vida saudável, com uma alimentação balanceada associada à prática de atividades físicas.
Além disso, existem dois tipos característicos de dores articulares: as dores agudas e as dores crônicas.
Segundo a Dr.ª Juliana Barcellos de Souza, pesquisadora da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor e ligada ao Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
“A dor aguda é um sinal de alerta de uma lesão real ou uma ameaça potencial à integridade do corpo e promove alterações neurofisiológicas, mudança de comportamento, compensações articulares e uma busca por tratamentos específicos para inibir ou aliviar o sintoma.”
A médica ainda ressalta que em dores crônicas há alterações neurofisiológicas que alteram mecanismos de modulação da dor, ou seja, a dor torna-se mais difícil de ser controlada.
“Nestes casos, os tratamentos são mais complexos, exigem abordagem multidisciplinar para o manejo da dor e conduzem, muitas vezes, a cirurgias de alto custo, como por exemplo as colocações de próteses articulares.”
As artralgias mais comuns são, como dito anteriormente, as que acometem a coluna, na região lombar – chamadas de lombalgias – e os joelhos.
As lombalgias muitas vezes aparecem relacionadas a doenças como as osteoartrites ou degeneração articular, redução do espaço intervertebral, entre outras.
Já as causas mais comuns das dores nos joelhos são as doenças inflamatórias reumatológicas, como artrites.
Então, se você sente dores nas articulações do corpo, nas costas ou nos joelhos, fique atento aos sinais de alerta e procure a ajuda de um especialista.
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