O primeiro tombo foi no parquinho.
Os outros vieram com barba, discurso pronto e promessas vazias.

Era um sábado qualquer. Sol de rachar, cheiro de pipoca e crianças gritando como se o pulmão fosse um instrumento de guerra. Meu pai, numa rara tentativa de ser presente, me levou ao parquinho. Eu tinha uns seis anos, short jeans com babado rosa e uma sede quase suicida de descer o escorregador de ponta-cabeça.

Foi ali que veio o primeiro tombo da vida: joelho ralado, lágrima nos olhos, sangue escorrendo na canela.
Meu pai soprou, beijou e mandou aquela frase que deveria ser banida do vocabulário adulto:

“Pronto, já passou.”

Só que não passou. Ardeu por dias.

Ali, sem saber, aprendi a primeira grande mentira emocional que muitas mulheres carregam até a vida adulta:

Que o amor cura qualquer dor.

Spoiler? Não cura.
E às vezes, o que chamam de amor… é o machucado infeccionado que você tenta esconder com band-aid emocional.

Anos depois, o roteiro se repetiu. Sem escorregador, sem babado rosa — mas com um certo Jurandir ao meu lado.

Jurandir, pra quem ainda não foi apresentada (e aproveita enquanto dá tempo), é aquele homem que parece ser a solução… até você perceber que ele era o problema desde o começo.
O tipo que não grita — mas te faz se calar.
Que não proíbe — mas insinua que “não pega bem” você sair com certas amigas.
Que diz que te ama — mas só quando você abaixa a cabeça.

Jurandir pode vir vestido de terno, de coach de energia solar, de terapeuta holístico ou de boy good vibes do aplicativo.
Não importa o disfarce. A missão é sempre a mesma: te controlar, te anular, te afastar de si mesma.

E você cede. Porque aprendeu desde cedo que o amor “cura”.
Que o homem “vai mudar”.
Que o problema talvez seja você.

Passei anos presa nessa ilusão: me relacionando com versões atualizadas de Jurandir — agora com barba bem feita, discurso feminista decorado e até um incenso de lavanda no carro.

A verdade é que não era falta de inteligência. Nem carência.
Era autoestima machucada.
Era vulnerabilidade emocional.
Era a maldita esperança de que, se eu amasse o bastante, ele viraria um ser humano decente.

Mas ele não vira. Ele vira as costas.

E foi no meio desse caos — entre crises silenciosas e sorrisos falsos postados em 1080p — que a minha mudança começou.
Não veio de terapia cara. Nem de uma amiga gritando verdades na minha cara.
Veio de onde eu menos esperava:
um livro.

Não se relacione com um Jurandir.

Sim, o título já devia vir com botão de emergência, sirene e alerta da Anvisa.
Mas foi justamente esse livro — direto, ácido, lúcido — que me tirou da anestesia emocional.
Ele não me deu respostas prontas.
Ele me fez fazer perguntas certas.
E, principalmente, me mostrou o que ninguém nunca tinha tido coragem de dizer com todas as letras:

Aquilo não era amor. Era abuso em embalagem romântica.

Esse livro não me salvou.
Ele me devolveu a mim mesma.

Hoje, depois de estudar Comportamento Humano, me pós-graduar em Relações no Mundo Contemporâneo e ajudar dezenas de mulheres a se libertarem da prisão emocional disfarçada de “relacionamento sério”, eu entendi a raiz de tudo:

O problema nunca foi amar demais.
O problema foi esquecer de amar a única pessoa insubstituível da história: você.

Se você está lendo isso e sente um incômodo no peito, talvez não seja ansiedade.
Talvez seja o sinal.

Talvez seja a sua hora de parar de esperar um beijo que cura — e encarar de frente o corte que ainda sangra.

Não se relacione com um Jurandir não é só um livro.
É um espelho.
Um alerta.
Um mapa de fuga.

E se você tiver coragem de virar a primeira página, pode ser a virada de chave que você estava implorando em silêncio.

Sim, a vontade de divulgar o nome completo do Jurandir é grande.
Mas enquanto eu não ganho na Mega Sena e contrato três advogadas, sigo com o pseudônimo e com a minha paz restaurada.

Se posso te deixar um conselho, de mulher pra mulher:
Leia esse livro.
Releia, se precisar.
Mas, acima de tudo, escolha você. Sempre.

Porque o beijo do papai nunca curou nada.
Mas esse livro… talvez cure.

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Pode ser o começo da sua liberdade.