Você, com certeza, já deve ter escutado falar sobre os famosos “Ômega-3”, seja por seus efeitos benéficos para o coração, pressão alta ou até mesmo para os olhos.
Mas se você é homem, principalmente acima dos 50 anos de idade, talvez esteja um pouco receoso sobre consumir ou não estes ácidos graxos, isso porque você já deve ter se deparado com esses dois tipos de notícia:
Mas afinal, o Ômega-3 é herói ou vilão quando o assunto é o câncer de próstata?
Bom, para respondermos esta pergunta é necessário que nós, primeiramente, entendamos como realmente surgiu esta “dualidade” de resultados e é exatamente isso que nós – da Learne Saúde – iremos te explicar hoje, aqui neste post.
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Ômega-3 e o câncer de próstata:
Ômega-3 são ácidos graxos “essenciais” que vêm sendo estudados há anos por causa de seus diversos benefícios ao corpo humano, dentre estes estudos estão inclusos os que analisam a relação – seja positiva ou negativa – deles com o câncer de próstata.
Atualmente, existem mais de 250 trabalhos – sobre essa relação – disponíveis no PubMed (recurso gratuito de suporte à pesquisa e recuperação de literatura biomédica, contando com um banco de dados com mais de 30 milhões de citações) e, destes trabalhos, a maioria revelou que o Ômega-3 pode ser um aliado contra o câncer de próstata.
Porém, em 2011 foi publicado um estudo no Journal of The National Cancer Institute em que se afirmava “o envolvimento do Ômega-3 na tumorigênese da próstata” o que causou um caos na mídia, que transformou o até então “herói” em um “vilão”.
Mas para darmos esse veredito, precisamos nos atentar a alguns pontos desta pesquisa que não foram mencionados pela mídia em suas reportagens que condenavam o Ômega-3:
Primeiramente, este estudo – que afirma uma relação pejorativa do Ômega-3 com o câncer de próstata – foi realizado a partir de amostras de pacientes de um outro estudo. Isso significa que os pesquisadores “aproveitaram” amostras coletadas de outros pacientes para fazer esta análise.
Mas qual o problema disso?
Bom, o estudo que forneceu as amostras foi o SELECT (Selenium and Vitamin E Cancer Prevention), que não tinha como objetivo analisar os efeitos do Ômega-3 em relação ao câncer de próstata, por isso não seguiu uma pesquisa do tipo caso-controle, no qual ocorreria a divisão dos pacientes em dois grupos: o grupo do Ômega-3 e o grupo do placebo (sem ativo).
Essa divisão dos pacientes em grupos proporcionaria uma análise mais precisa dos resultados, por ser um experimento direto ao tema e não uma inferência associativa (“dedução” por associação). Além de que, como o objetivo do SELECT não era analisar o Ômega-3, não ocorreu uma avaliação dietética (consumo alimentar) ou se pelo menos os pacientes faziam (ou não) o uso de suplementos de Ômega-3.
Mas então como os pesquisadores chegaram à conclusão que o Ômega-3 era o vilão?
Bom, através da análise feita a partir das amostras dos pacientes do estudo SELECT, os pesquisadores correlacionaram os elevados níveis de DHA (um tipo de gordura que pode ser encontrado no Ômega-3) com um maior risco de câncer de próstata, chegando a 71%.
Porém é possível – através de algumas dietas com baixo teor de gordura – obter altos níveis de DHA sem necessariamente utilizar o Ômega-3 e, como eu disse anteriormente, não houve uma verificação se os pacientes consumiram alimentos que possuíam esses ácidos graxos ou se eles fizeram algum tipo de suplementação.
Além de que é importante enfatizar que o estudo apenas apresentou uma correlação entre Ômega-3 (mais especificamente o DHA) ao câncer de próstata, mas isso não significa que ele seja o causador do câncer em si.
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Referências:
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/07/estudo-relaciona-uso-
de-suplemento-de-omega-3-cancer-de-prostata.html
https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,estudo-estimula-
ingestao-de-omega-3-e-6-contra-cancer-de-
prostata,20060322p69354
https://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2013/07/31/omega-
3-fats.aspx
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?
term=omega+3+and+prostate+cancer
https://academic.oup.com/jnci/article/105/15/1132/926341?login=true
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20844069/
http://www.medicinacomplementar.com.br/biblioteca/pdfs/Cancer/c
a-3570.pdf
http://www1.inca.gov.br/rbc/n_55/v03/pdf/83_revisao_literatura3.pdf